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Squid Game: a série coreana do momento.

Atualizado: 18 de nov. de 2021

Olá, leitores, como vão? Hoje trouxe algo diferente do que geralmente trago, mas que acredito que possam gostar. Decidi falar um pouco sobre Round 6, série de produção coreana lançada no dia 17 de setembro na Netflix, e que foi um sucesso gigantesco com pouco tempo depois do lançamento.




Sinopse:


Na Coreia do Sul, quase 500 pessoas endividadas são atraídos para um jogo de sobrevivência misterioso, com a promessa de que o vencedor ganhará um prêmio de ₩45,6 bilhões (R$208.845.119,58), mas as apostas são altas e fatais. Agora eles disputarão as provas mais bizarras de suas vidas.


Um pouco sobre a cabeça por trás da série: Hwang DongHyuk (황동혁).

Hwang Dong-hyuk nasceu e foi criado em Seul, na Coreia do Sul. Depois de se formar na Universidade Nacional de Seul com um B.A. em Comunicações, escreveu e dirigiu vários curtas-metragens, incluindo Our Sad Life e A Puff of Smoke. Mudou-se para Los Angeles para estudar para um M.F.A.


Em Produção Cinematográfica na University of Southern California (Universidade do Sul da Califórnia), continuou a fazer filmes, concluindo dois curtas Heaven & Hell e Desperation (2000). Seu filme de tese de formatura foi Miracle Mile (2004), um curta estrelado por Karl Yune como um taxista ilegal coreano-americano que ajuda na sua passagem, uma jovem coreana (interpretada por Hana Kim) procura seu irmão que foi adotado por americanos 20 anos atrás. Miracle Mile foi exibido em mais de 40 festivais internacionais de cinema e ganhou vários prêmios, incluindo o DGA Student Film Award e o Student Emmy Award.


Sobre a série:


Squid Game (오징어 게임), no Brasil, Round 6, é uma série que mostra a complicada vida de pessoas endividadas que são convidadas a jogar um jogo com prêmio milionário. Porém, como nem tudo são flores, o jogo acaba sendo bem diferente do que esperavam que fosse.


A trama traz grande parte da cultura coreana, visto que os jogos se tratam de brincadeiras infantis existentes na Coreia (fiz um post sobre algumas, pra quem tiver interesse), ao mesmo tempo que podemos ver uma certa crítica social por trás.


O roteiro demorou em torno de 12 anos pra sair do papel, e se tornou a única série coreana original da Netflix a ficar em 1º no Top 10 de todos os países onde a plataforma está disponível (83 no total).

Ao ser perguntado sobre uma possível segunda temporada de Round 6, em uma entrevista recente dada a revista Variety, o diretor disse que não possui planos para tal, e que só em pensar naquilo era cansativo.


Minha opinião sobre:


Como amante da cultura coreana, ver o sucesso e o alcance da série tem me deixado muito feliz. A cinematografia coreana é incrível, e os atores sempre convêm o papel extremamente bem. Nessa série não foi diferente.

Em resumo, a história é simples: pessoas endividadas entram em um jogo para ganhar dinheiro. Simples, não? Mas isso não faz da história uma trama fácil. A forma como ela foi desenvolvida, usando brincadeiras da infância dos jogadores, sem erros de continuação, coerente e intensa em cada segundo, faz com que você queira assistir tudo de uma vez (digo por experiência própria hahah). Diversas partes da série é aberta para teorias super inteligentes e que também fazem total sentido.


Pra mim, todas as atuações foram extraordinariamente bem feitas e convincentes.

Com certeza, o que mais me chocou foi saber que a personagem Kang SaeByeok (강새벽) foi o primeiro trabalho como atriz da modelo Jung HoYeon (정호연). Foi o primeiro de muitos, com certeza! Espero vê-la em outras séries/filmes daqui pra frente. Esse é aquele tipo de história que vai fazer com que você fique dividida(o) emocionalmente, sinta uma grande empatia pelos personagens, passe raiva, nervoso, chore, revolte, fique chocada(o)...


Ou seja, ela te entrega tudo e mais um pouco. Além disso, ela trouxe temas que não são comuns de ser tratados nos k-dramas, uma trilha sonora única, digna de ser lembrada e símbolos para serem interpretados. O ponto alto (e o que, na minha opinião, faz Squid Game diferente de outras produções desse estilo de sobrevivência) é a simplicidade dos jogos, justamente por serem infantis, que mesmo simples (simples ≠ fácil) são capazes de trazer uma complexidade pra série.

A série traz uma reflexão importante sobre a natureza do ser-humano de forma geral: você arriscaria a tua vida por dinheiro? Arriscaria deixar tudo e todos pra trás por dinheiro? Ademais, mostra também como que com o passar do tempo, conforme vamos virando adultos, as brincadeiras que fazíamos se transformam em algo bem maior e com um caráter mais sério. Nesse caso, algo que antes era usado pra diversão, virou algo capaz de tirar a vida de alguém.


Por ter tido um final bem aberto, muitas pessoas esperam uma 2º temporada (inclusive eu), mas dado as palavras do diretor e o histórico da Coreia em não fazer segunda temporada (foram poucos dramas que tiveram) minhas esperanças estão bem baixas, e, mesmo se tiver, temo que não seja tão boa quanto a primeira, por diversos outros fatores. A vantagem do final aberto é que ele te dá margem para imaginar o que aconteceu com os personagens, ou seja, o "final definitivo" fica por sua conta, o que eu acho bem legal, apesar de ser bem curiosa pra saber qual realmente seria o destino de cada um.


Squid Game com certeza entrou pra minha lista de favoritos do ano, e certeza que pra lista de muitas outras pessoas também. Se você ainda não assistiu e pareceu ser o teu estilo, dê uma chance pra essa produção incrível. Vale super a pena!


"Não confiamos nas pessoas porque são confiáveis, mas porque são nossa única solução". Escolheria essa como a frase que melhor descreve o drama.

Para finalizar, eu não recomendaria para pessoas sensíveis a cenas com muita violência, sangue, morte e que gostam de finais felizes.

 

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